terça-feira, dezembro 9

Lembranças Concretas


Quanta coisa já ouvi
E nada saiu da minha boca de concreto?
Pra que melhor confidente?
Mas só porq não sou gente
Cismaram de me tirar daqui

Eu n queria sair
Sabia que mais cedo ou mais tarde
Uma dessas confidentes adolescentes
Sentiria falta de mim

Tantos anos só fiz servir
E agora desfazem de mim assim...

Tantos nomes gravados
Dialetos riscados
Agora dentro de um saco
O que sou eu?

Muita gente já encontrou respostas
Sentada em meu colo
Alguns vinham todos os dias me visitar

Muitos nem me percebiam
Outros me viravam
Alguns pisavam-me com seus all stars

Quantas histórias, risadas, fofocas
Quanta gente que ri e que chora
Quanta gente pequena brincando de ser grande
E tudo isso é tão intrigante

Eu senti a juventude à flor da pele
Todos os seus conflitos
Cada momento q se foi vivido
Tudo aquilo que n se repete

Agora sou só lembranças
Algo que nem sabem se existiu ao certo
Mas alguém há de escrever um poema
E falar desse tal banco de concreto

Nenhum comentário: