sábado, fevereiro 12

A Mochila


Levei as minhas férias inteiras catando cada gota de felicidade e preenchendo minha mochila, como se fosse ouro. Então você, que já estava feliz e bem até demais, perfura o fundo da mochila com o punhal do ego. Ficou o ódio é por ter tirado o que, no momento, era mais valioso pra mim, e foi tirado com irresponsabilidade. Os caminhos são outros, não se cruzam mais e, quando se cruzam, causam engavetamento brusco de sentimentos em minhas estradas interiores. Quando a indiferença chegar, será pior que havendo ainda o ódio. Fala-se de amor, da podridão do amor, da pior face do amor... Me perguntou tanta coisa, querida.. (sem ironia sobre a palavra). Confesso meu arrependimento pelos empurrões verbais, tapas e socos, na fúria de tentar dizer: some: acabou de me roubar tudo que eu tinha. E isso doeu, doeu por dias, solidificado na minha carne, dentro do meu peito, e sem metáfora. Não sei se machucou-se, pois o que vem de baixo não costuma atingir o que é superior (também sem ironia, sua sabedoria é um fato inquestionável).
Duas palavras não deveriam estar nesse poema abaixo. Custei a ler elas.
Mesmo que um dia ninguém poste mais nesse espaço, eu cumprirei minha promessa.

sexta-feira, fevereiro 4

É só isso?

A vida imita a arte e a arte se lixa pra vida
Tudo na vida tem q ter um final
E até mesmo o lis2tradinho está por seguir essa regra
O tempo passou... Algumas coisas foram se desencaixando, se perdendo
Tempo, tempo, tempo... tem possibilidade de haver maturidade?

Dividimos 2 anos
Andamos numa só direção na linha do tempo
Pegada em cima de pegada
Juras de amor, fidelidade e o mais importante: lealdade
E hoje nem amizade ficou pra uma conversa
Sem tema definido
Sem hora pra acabar

Dá uma sensação de tempo perdido...
Não por ter acabado e sim por nada ter restado
Por nada estar sendo semeado, cultivado

Era uma vez um canavial
Plantaram, colheram, tacaram fogo nas folhas secas
E foram embora
Enferrujaram os tratores de pneus baixos
E todo resto do material.