Bandeira branca, sempre branca
Decidimos que a alma não será ferida
Por lanças mais afiadas, ou flechas direcionadas
Fica pressuposto o conflito verbal.
Aquele jogo de entendimento
Aqueles dedos desfazendo os nós
Nós por dentro de um emaranhado
Uma tenta puxar a outra se enrola ainda mais
Ficou decidida nossa política de Paz
Que se houver estranhamento
A gente não deixará contaminar
Os nossos nomes inventados
Bem guardados para quando tudo estiver bem
E se não quiser falar, não me farei ouvir.
Mas se nenhum dos nós forem desfeitos
Meu canivete, bem feito, corta cada um, na paz
E se você se meter num casulo
E ainda quiser voltar pro mundo
Não serei eu que vou te arrastar
Meu cais aqui levando ondas frias
Barcos vazios, olhando a neblina
Esse navio que não quer mais voltar.
Pra ser sincera a guerra é mesmo nossa ?
Se for advinhar quem possa
Levantar bandeira branca, quem será?
Me sinto dentro de uma guerra em paz
Da qual teremos sempre o que vencer.
As vezes nem eu sei o que quero de você
Mas sempre acerta em tudo que faz.
quinta-feira, novembro 26
segunda-feira, novembro 2
Entre Laços
Agora se veste, se arruma
Perfuma tua pele
Desse ar amadeirado
Delicado com o vento
Feito cachecol no pescoço
E toma este colar de beijos
Que escorregam nos seios.
Pra terminar, faço um laço.
Nas vestes da princesa, um laço
Dentro do coração, um laço!
Depois do amor feito, um laço..
Não perdes o nó, anda delicado
Olha o cuidado que te pretendo
Olha como movo meus medos
E os caminhos que refaço
Quanto mais tenho mais quero
Quanto mais temo mais mexo
Entrego minhas asas ao vento
Espero que a angústia passe
Em minha casa, Coldplay
No coração, só o que sei
Qual a estação esperei?
Não desfaz o laço, princesa.
Em toda nossa nobreza
Um ar de menina que sonha
Deixa o laço pra combinar
Com o colar de pérolas que farei
Perto do peito como troféu
Do valor de tudo que sentimos
Cada conta, fazer valer um sorriso..
Mistérios que nascem no peito
Um dia morar em coração alheio
Cidade que testemunha o segredo
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