quinta-feira, novembro 26

Política de Paz

Bandeira branca, sempre branca
Decidimos que a alma não será ferida

Por lanças mais afiadas, ou flechas direcionadas
Fica pressuposto o conflito verbal.

Aquele jogo de entendimento

Aqueles dedos desfazendo os nós

Nós por dentro de um emaranhado

Uma tenta puxar a outra se enrola ainda mais
Ficou decidida nossa política de Paz

Que se houver estranhamento

A gente não deixará contaminar

Os nossos nomes inventados
Bem guardados para quando tudo estiver bem

E se não quiser falar, não me farei ouvir.
Mas se nenhum dos nós forem desfeitos

Meu canivete, bem feito, corta cada um, na paz
E se você se meter num casulo
E ainda quiser voltar pro mundo

Não serei eu que vou te arrastar

Meu cais aqui levando ondas frias

Barcos vazios, olhando a neblina

Esse navio que não quer mais voltar.

Pra ser sincera a guerra é mesmo nossa
?
Se for advinhar quem possa

Levantar bandeira branca, quem será?
Me sinto dentro de uma guerra em paz

Da qual teremos sempre o que vencer.

As vezes nem eu sei o que quero de você

Mas sempre acerta em tudo que faz.

segunda-feira, novembro 2

Entre Laços


Agora se veste, se arruma
Perfuma tua pele

Desse ar amadeirado

Delicado com o vento

Feito cachecol no pescoço

E toma este colar de beijos

Que escorregam nos seios.
Pra terminar, faço um laço.

Nas vestes da princesa, um laço
Dentro do coração, um laço!

Depois do amor feito, um laço..


Não perdes o nó, anda delicado

Olha o cuidado que te pretendo

Olha como movo meus medos

E os caminhos que refaço
Quanto mais tenho mais quero

Quanto mais temo mais mexo
Entrego minhas asas ao vento

Espero que a angústia passe

Em minha casa, Coldplay

No coração, só o que sei

Qual a estação esperei?


Não desfaz o laço, princesa.
Em toda nossa nobreza

Um ar de menina que sonha

Deixa o laço pra combinar

Com o colar de pérolas que farei

Perto do peito como troféu

Do valor de tudo que sentimos
Cada conta, fazer valer um sorriso..


Mistérios que nascem no peito
Um dia morar em coração alheio
Cidade que testemunha o segredo