quinta-feira, novembro 26

Política de Paz

Bandeira branca, sempre branca
Decidimos que a alma não será ferida

Por lanças mais afiadas, ou flechas direcionadas
Fica pressuposto o conflito verbal.

Aquele jogo de entendimento

Aqueles dedos desfazendo os nós

Nós por dentro de um emaranhado

Uma tenta puxar a outra se enrola ainda mais
Ficou decidida nossa política de Paz

Que se houver estranhamento

A gente não deixará contaminar

Os nossos nomes inventados
Bem guardados para quando tudo estiver bem

E se não quiser falar, não me farei ouvir.
Mas se nenhum dos nós forem desfeitos

Meu canivete, bem feito, corta cada um, na paz
E se você se meter num casulo
E ainda quiser voltar pro mundo

Não serei eu que vou te arrastar

Meu cais aqui levando ondas frias

Barcos vazios, olhando a neblina

Esse navio que não quer mais voltar.

Pra ser sincera a guerra é mesmo nossa
?
Se for advinhar quem possa

Levantar bandeira branca, quem será?
Me sinto dentro de uma guerra em paz

Da qual teremos sempre o que vencer.

As vezes nem eu sei o que quero de você

Mas sempre acerta em tudo que faz.

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