Bandeira branca, sempre branca
Decidimos que a alma não será ferida
Por lanças mais afiadas, ou flechas direcionadas
Fica pressuposto o conflito verbal.
Aquele jogo de entendimento
Aqueles dedos desfazendo os nós
Nós por dentro de um emaranhado
Uma tenta puxar a outra se enrola ainda mais
Ficou decidida nossa política de Paz
Que se houver estranhamento
A gente não deixará contaminar
Os nossos nomes inventados
Bem guardados para quando tudo estiver bem
E se não quiser falar, não me farei ouvir.
Mas se nenhum dos nós forem desfeitos
Meu canivete, bem feito, corta cada um, na paz
E se você se meter num casulo
E ainda quiser voltar pro mundo
Não serei eu que vou te arrastar
Meu cais aqui levando ondas frias
Barcos vazios, olhando a neblina
Esse navio que não quer mais voltar.
Pra ser sincera a guerra é mesmo nossa ?
Se for advinhar quem possa
Levantar bandeira branca, quem será?
Me sinto dentro de uma guerra em paz
Da qual teremos sempre o que vencer.
As vezes nem eu sei o que quero de você
Mas sempre acerta em tudo que faz.
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